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A Editora Três, responsável pela publicação da revista IstoÉ, teve a sua falência decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Segundo o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, a editora não vinha cumprindo o plano de recuperação judicial, deixando de comprovar o pagamentos de diversos credores, em especial os trabalhistas.
A editora enfrentou uma série de desafios financeiros que culminaram no encerramento de suas versões impressas em janeiro de 2025. Entre os principais fatores que contribuíram para essa situação de quebra estão:
Queda na receita publicitária: A redução significativa dos investimentos em publicidade, especialmente durante períodos de recessão econômica, afetou diretamente as receitas da editora. Empresas, ao enfrentarem crises, tendem a cortar ou diminuir drasticamente suas verbas publicitárias, impactando negativamente veículos de mídia impressa como a IstoÉ.
Mudança no comportamento do consumidor: Houve uma migração dos leitores para plataformas digitais, resultando em menor interesse pelas edições impressas. Essa tendência global desafiou a sustentabilidade financeira de publicações tradicionais que não conseguiram se adaptar rapidamente ao ambiente digital.
Crises econômicas e setoriais: A Editora Três já havia passado por um processo de recuperação judicial em 2008, do qual alegou ter se recuperado em 2016. No entanto, novas crises econômicas e setoriais, agravadas pela pandemia de Covid-19, impactaram severamente o segmento editorial, especialmente o de mídia impressa, levando a editora a solicitar um novo pedido de recuperação judicial em 2020.
Problemas financeiros internos: A empresa enfrentou dificuldades como atrasos no pagamento de salários e fornecedores, além de greves de funcionários devido a esses atrasos. Em 2021, a editora leiloou seu prédio industrial em Cajamar (SP) para quitar uma dívida de quase R$ 300 milhões. Em 2022, o portal da Editora Três foi vendido por R$ 15 milhões, evidenciando a tentativa de sanar problemas financeiros internos.
Tal histórico levou a Editora Três a encerrar as versões impressas da IstoÉ e da IstoÉ Dinheiro, concentrando seus esforços no meio digital na tentativa de se adaptar às novas dinâmicas do mercado editorial. Porém, o tempo não foi hábil para que os credores, que já foram afetados pelo plano de recuperação judicial, aguardassem uma nova recuperação da empresa.
A recuperação judicial é uma ferramenta essencial para a mantenção de empresas viáveis, ainda mais quando há o envolvimento de diversos empregos, cadeia de fornecimento, geração de receita de tributos etc. Porém, não é absoluta, dependendo da manutenção dessa viabilidade.
Talvez a demora na tomada de diversas decisões, alinhada também aos fatores acima indicados, tenha sido crucial para convolação da recuperação judicial em falência.
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CORREIA & LIMA FILHO
Advogados Associados
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